Totalmente integrada à natureza, a casa de 400 m² fica em condomínio fechado na praia de Laranjeiras, em Paraty, no Rio de Janeiro. O projeto é do arquiteto Thiago Bernardes
A orla, toda pontuada por árvores nativas, era o que mais encantava o jovem casal no condomínio residencial na praia de Laranjeiras, em Paraty, Rio de Janeiro. Desde que voltaram a morar no Brasil, depois de terem vivido cinco anos nos Estados Unidos, os dois passavam férias sempre no local, que elegeram o refúgio ideal para os feriados prolongados. Um belo dia, eles descobriram uma casa à venda em frente à árvore mais frondosa da praia. Bingo! “Esta era a casa para fincar as raízes da família nos melhores momentos – o lazer”, conta a proprietária.
O problema era a construção antiga, com divisões que não atendiam às necessidades do casal e de seus três filhos pequenos. O jeito foi demoli-la e construir outra no terreno de 50 x 20 m. O arquiteto Thiago Bernardes, na época em que ainda era sócio no escritório Bernardes & Jacobsen Arquitetura, ficou encarregado de elaborar o projeto. O ponto de partida foi privilegiar a maravilhosa vista e os espaços ao ar livre para as crianças. O resultado é essa casa bem arejada de 400 m2, distribuídos em dois pavimentos, com estrutura de concreto e madeira cumaru. “A construção ocupa posição longitudinal no terreno, com jardim lateral que o atravessa até a piscina junto ao mar”, explica o arquiteto. “No térreo, os ambientes sociais se abrem para o jardim com imensa varanda, e as áreas de serviço – envolvidas por muro de pedra – se viram para o corredor lateral.”
O problema era a construção antiga, com divisões que não atendiam às necessidades do casal e de seus três filhos pequenos. O jeito foi demoli-la e construir outra no terreno de 50 x 20 m. O arquiteto Thiago Bernardes, na época em que ainda era sócio no escritório Bernardes & Jacobsen Arquitetura, ficou encarregado de elaborar o projeto. O ponto de partida foi privilegiar a maravilhosa vista e os espaços ao ar livre para as crianças. O resultado é essa casa bem arejada de 400 m2, distribuídos em dois pavimentos, com estrutura de concreto e madeira cumaru. “A construção ocupa posição longitudinal no terreno, com jardim lateral que o atravessa até a piscina junto ao mar”, explica o arquiteto. “No térreo, os ambientes sociais se abrem para o jardim com imensa varanda, e as áreas de serviço – envolvidas por muro de pedra – se viram para o corredor lateral.”
Na metade do volume, a cobertura inclinada avança do piso superior, projetando as salas de estar e de jantar no meio do jardim, trazendo o ambiente exterior para dentro da casa. “Exatamente como os proprietários queriam”, diz o arquiteto. O living fica junto à entrada principal e é fechado por painéis de vidro na fachada voltada para a piscina.
No mesmo nível estão o quarto de brinquedos e a generosa varanda, com cozinha gourmet, aberta para a área de lazer. Ali é o ponto alto da casa, onde acontecem os encontros para os aperitivos, os churrascos, as pizzas e as rodas de viola. “A varanda é maior que a sala porque na praia você fica mais na área externa mesmo”, afirma a proprietária.
Na parte superior foram dispostas as cinco suítes, sendo duas para as crianças, com beliches e bicamas. Além da suíte máster, há mais duas suítes de casal para receber os hóspedes. No alto da escada de madeira tem um mezanino, localizado acima da sala de jantar, com a sala íntima de TV, protegida por painel de vidro fixado no teto inclinado que cobre todo o living. Na fachada, painéis deslizantes de madeirapermitem regular a entrada de luz e mantêm intacta a privacidade nos quartos, sem tirar a bela vista do horizonte.
A cobertura inclinada e as telhas de barro foram exigências do condomínio, que não chegaram a interferir na obra. Até serviram de elementos a mais na criação, conferindo balanço e volume interessante. Para acrescentar aconchego aos ambientes, o teto recebeu forro de palha trançada, feita por um artesão local.Omodo de vida despojado dos proprietários é retratado pela escolha de produtos neutros e rústicos, como as pedras brutas, as madeiras nobres, a própria palha e os detalhes de cobre. Em todos os pisos, eles preferiram o revestimento de limestone, que resiste ao tráfego intenso. O colorido ficou por conta da decoração, com peças de design assinado, do azul do mar e da vegetação no entorno. No final, a poderosa árvore, que atraiu desde o início o casal, virou o logotipo impresso nas roupas de cama e banho. Assim a casa equilibra simplicidade e sofisticação em doses certas.